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Publicada em 01/04/19 às 15:52h
Quem disse que na rádio comunitária não pode ter publicidade?

ABRAÇO BRASIL

Geremias dos Santos Presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias - Abraço Brasil  (Foto: ABRAÇO BRASIL )
Desde que o rádio entrou em atividade no Brasil em 1919 na cidade de Recife, o aparecimento das rádios comunitárias na década de 1990, foi o grande exemplo de democratização do meio de comunicação. Possibilitou assim, que as cidades pequenas e médias pudessem ter a sua emissora para a prestação de serviços e por isso tivemos milhares de transmissores ligados do norte ao sul e leste ao oeste brasileiro administrado por gente do povo.

No dia 19 de fevereiro de 1998 foi aprovada a lei que regulamentou o serviço de radiodifusão Comunitária em nosso país, a lei 9.612/98. Naquele dia, os parlamentares fizeram história em reconhecer que o verdadeiro instrumento de comunicação em defesa do povo é a rádio comunitária, proporcionado as cidades pequenas e médias entrarem no mundo da comunicação radiofônica com programas produzidos pela própria comunidade e falando de suas coisas cotidianas. Contudo, a lei teve questões importantes que acabaram engessando as rádios comunitárias, como por exemplo, a proibição das comunitárias fazerem publicidade do comércio local. O “Mercadinho do Seu José” desta forma, não pode anunciar na rádio comunitária e com certeza jamais conseguirá anunciar numa rádio comercial pelos preços absurdos que são cobrados. Neste caso, nós temos uma situação extremamente complicada para a manutenção das rádios comunitárias que tem despesas fixas para sua manutenção.

Segundo o IBGE, no Brasil existem 5.570 municípios dos quais 70% tem uma população de 5.000 a 20 mil habitantes e é justamente nessas cidades que atua as cercas de 4.871 rádios comunitárias outorgadas pelo estado brasileiro. Proibir a veiculação de publicidade nesses micros emissoras é enfraquecer o comércio local que jamais terá condições financeiras de anunciar nas rádios comerciais.

Nota-se que o interesse das grandes emissoras comerciais e suas entidades não são apenas contra as rádios comunitárias, mas principalmente contra a população desses milhares de municípios que tem na emissora comunitária o seu principal meio de comunicação e talvez o único. São interesses gananciosos de um setor que se preocupa apenas com os lucros do que exercer seu verdadeiro papel na comunicação e a população local acaba sendo penalizada por esta postura. Justamente nestes municípios que não têm rádios comerciais, porque são pequenas cidades e não lucrativas, que estão presentes as rádios comunitárias prestando serviço para a comunidade local. Como proibir o comércio local de publicitar o seu pequeno negócio numa rádio comunitária? 

Os argumentos utilizados pela entidade que representa as rádios e TVs comerciais no Brasil são justificativas que não se sustentam principalmente quando dizem que se aprovada a alteração da lei pelo parlamento brasileiro as rádios comunitárias extinguirá as pequenas rádios comerciais. Esse discurso demonstra verdadeira incompetência dos “proprietários” de rádios comerciais e valida que as rádios comunitárias estão no caminho certo e a cada dia conquistando o seu espaço na comunicação radiofônica e que precisam de alterações na lei para que aprimorem ainda mais a prestação de serviço para o povo brasileiro.

Deste modo, a publicidade foi proibida pela própria lei que reconheceu as rádios comunitárias e por isso será a alteração dessa lei que corrigirá este erro e desta forma os senadores brasileiros tem uma oportunidade histórica, depois de 20 anos, de modificar a lei 9.612/98 aprovando o projeto de lei no senado nº 55/16 que vai transformar o futuro das rádios comunitárias e do povo brasileiro, contribuindo assim, na luta incansável pela democratização da comunicação em nosso país.

O PLS 55/17 foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e agora vai tramitar na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal. Neste momento, o senado federal e as rádios comunitárias sofrem verdadeiros ataques histéricos e mentirosos por parte da grande mídia que a pretexto de defenderem seus interesses cometem crimes atacando as rádios comunitárias com impropérios caluniosos, difamatórios e injuriadores a fim de permanecerem com status quo eterno.

Interessante que a grande mídia é neoliberal e prega diuturnamente a livre concorrência e na hora que essa “concorrência” bate à sua porta acabam atuando com o discurso de reserva de mercado, ou seja, pimenta nos olhos dos outros....é refresco!

Geremias dos Santos
Presidente da Associação Brasileira de 
Rádios Comunitárias - Abraço Brasil



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5 comentários


Renata

15/04/2019 - 16:12:02

Precisamos também da liberação de mais um canal por município, pois onde existem duas ou mais emissoras operando em mesma frequência é uma tragédia. Ninguém ouve nenhuma das mesmas devido à interferência gerada por um sobrepondo a outra. Isso é o fim das radcoms.


Antonio Maia

05/04/2019 - 13:44:24

Essa luta é antiga e sempre lutamos e cobramos dos governos passados alguma alteração na lei, mas nunca nos foi dado a atenção devida.Agora talvez esse congresso corrija o erro


Ney Luiz Pinto Duarte

01/04/2019 - 23:42:21

O presidente Geremias foi de grande felicidade em seu texto e considero necessário o parabenizar pela luta diária a frente da nossa Abraço Brasil !


Adilson Sousa

01/04/2019 - 22:29:08

Sempre foi minha bandeira, defender os participação dos pequenos comerciantes, para usar o espaço publicitário, condiz ente com a realidades de cada municípioMas, também seria, de bom que essas grandes empresas ficassem por lá, e não uzassem as rádios comunitárias por causa do preço.


max Giovâni Ferreira

01/04/2019 - 21:25:17

E tem muito grande empresário colocando "comercial" em rádio comunitária por ter nao grande alcance e sim audiência por pessoas escutarem a programação o qual muita vezes a qualidade não se compara com uma grande emissora mas sim por que na rádio comunitária o povo é escutado e tem o horário disponível a todo momento na grade sem horário específico e sem falar nos valores de ajuda que o qual a rádio pede é muito pouco pra enriquecimento porque tanto medo de uma comunitária


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