
(Foto: ABRAÇO BRASIL )
O presidente da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço Brasil), Geremias dos Santos, manifestou apoio à criação da Incubadora de Soluções para o Jornalismo, destacando a importância da iniciativa liderada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Segundo ele, o investimento de R$ 15 milhões no fortalecimento do jornalismo nacional é “um passo histórico e necessário para a preservação da democracia no país”.
“É bastante positivo ver o governo federal se mobilizando para garantir o futuro do jornalismo, especialmente quando isso se dá com base em ciência, pesquisa e inovação. A democracia precisa de informação qualificada, e o investimento anunciado é uma prova de que o governo está tratando com seriedade esta demanda”, afirmou Santos.
No entanto, o presidente da entidade também fez um alerta: até o momento, o projeto não contempla diretamente as mais de 5 mil rádios comunitárias em operação no Brasil. “Essas rádios têm papel fundamental na comunicação local, na formação cidadã e no combate à desinformação nas comunidades mais distantes dos grandes centros. É preocupante que algo dessa magnitude, com objetivos tão nobres, ainda não tenha incluído essa rede essencial de comunicação popular”, destacou. Santos ainda cobrou um posicionamento do governo acerca da extensão dos editais que contemplariam as emissoras com recursos. “Saiu o do Ministério da Cultura e nós tínhamos a expectativa, pois havia essa sinalização por parte do ex-ministro da Secom, Paulo Pimenta, que isso fosse estendido para outros Ministérios. Infelizmente ficou na promessa”. Falta ainda, as parcerias com o Ministérios da Saúde, Educação, MDS, Mulheres, Direitos Humanos e MTE/SENAES.
Fonte: Jornalista Patrícia Schuster - Abraço-RS
Geremias dos Santos reiterou o compromisso da Abraço em dialogar com a Secom, o CNPq e demais órgãos envolvidos, na tentativa de garantir que as rádios comunitárias também façam parte do plano de fortalecimento da mídia nacional. “Queremos contribuir com essa construção. As rádios comunitárias precisam estar no centro deste debate. Sem elas, parte significativa da população continuará à margem do acesso à informação qualificada”, concluiu.